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Por trás da máscara o sorriso escondido

Muitas vezes esquecidos por trás da máscara

Amigos perdidos destituídos da vida

Infalível e esquecida por trás da máscara

Dois anos se passaram desvalidos aos humanos

Enciumados de outros tantos anos

Por trás da máscara por amor redimidos

Mesmo oprimidos compelidos a lutar

Por trás da máscara continuando

Sem esquecer que unidos

Não seremos vencidos

Ainda somos nós não estamos sós

Ainda há esperança por trás da máscara.


Ivete Rosa de Souza




 


"Conhece a minha tenda e

desejarás aqui comigo morar"


Fim de setembro, noite quente.

Lembro, tu dizia, absoluto, "- O amor

da minha vida, conquistei sem tato a rigor.

Ame a ti primeiro". Repetiu eloquente.


Levou minhas mãos para seu coração, 

e que mãos frias e trêmulas eram as tuas

tão cálidas, meu protetor das noites e das ruas.

Revelava mais conselhos, ouvia com atenção.


- Calma, tu ainda tens salvação. 

E sorri o senhor parnaso, trovador umbral.

- Chama meu nome, luz e trevas em oração. 


Aconselhou o exu, meu pai astral da verdade.

- Posso não ser um serafim de tanta bondade

Mas eu sou seu pai e te livro de todo o mal.


Para TU.CPV CG MS


Ise Albuquerque | Soneto Autoral 

Pés no chão | 2023




Donde acaba la raíz comienza el viento,
comienza el caminante su ostracismo,
rompe el terrón su tenue paroxismo
y se apaga en las manos, ceniciento.
Con labios, no con pies, ando un violento
paisaje como sombra de mí mismo
dejando un silencioso cataclismo
en cada piedra, en cada pensamiento.
Pie de jaguar y corazón de garza,
cielo enterrado a golpes de raíces
en el ala de arena que lo engarza.
Voy caminando y siento en las matrices
del tiempo arder mi ida como zarza,
y hasta en mi aliento encuentro cicatrices.



Onde termina a raiz começa o vento 
caminhante inicia seu ostracismo,
quebra o torrão seu tênue paroxismo 
e sai nas mãos, cinza.
Com os lábios, não com os pés, ando por um caminho violento
paisagem como sombra de mim mesmo
deixando um cataclismo silencioso
em cada pedra, em cada pensamento.
Pé de onça e coração de garça,
céu enterrado por raízes
na asa de areia que o encaixa.
Vou andando e sinto nos ventres
do tempo queima minha partida como uma amoreira,
e até na minha respiração encontro cicatrizes.

Ao seu corpo e alma
defronto o apetite e renego o ímpeto
mas não resisto, tua fala acalma
Em um abraço tudo se esquece só aquece, teu puro instinto.

O silêncio proposital, é sorrateiro
Contraponho com ingenuidade
de simular desconhecimento. Ele é por inteiro
O mago das convenções, senhor absoluto da insanidade.

Claíse Albuquerque 🏹
Tudo o que falei dormindo | 2019



Minha raça ninguém tira de mim!
Na vida muitas dores senti; muitas decepções vivi.
Na infância quando escutei,
um sussurrar questionando a mãe branca,
indiferente ao meu olhar de criança,
indagando da nossa pouca semelhança.

Sou negra, sim!
Quando rasparam meu cabelo,
alegando não valer um novelo,
e decidiram o queimar, na tentativa de alisar,
achando que minha essência fosse modificar.

Sou negra, sim!
Quando na atividade física suava,
Por mais cuidados que tomava,
O mau cheiro incomodava,
sempre alguém vinha me criticar.

Sou negra, sim!
A negra que luta por direitos iguais,
a negra que não se rebaixa jamais,
negra orgulhosa como sempre quis,
Sou negra, sim e sou feliz!

Negra Dalila 




Corumbá escrínio histórico

cujo painel telúrico

se diluem em belas paisagens

onde se implante:

a forte Junqueira a casa do artesão

o instituto do homem pantaneiro

o farol balduíno

a cacimba da saúde

e o mirante Clio Proença

que virou praça dos palestinas

o moinho cultural

o jardim da independência


os heróis da retomada

o cristo redentor do pantanal.

Corumbá-reduto dos poetas

terra bela sem igual!







Quem disse que

N'alma não tenho cicatrizes?

Engana-se quem presume

Isto de mim...



No corpo físico,

N'alma branda…

Cicatrizes sinto

Invisíveis ou brancas…



Vou lhe contar

E com todas as sílabas!

As de minha infância

E as de agorinha…



Cicatriz um - caí da mão do médico

Ficou mais que um galo na cabeça

Você não acredita,

Mas ainda tenho moleira!



Cicatriz dois - caí da bicicleta!

Um tombo na areia...

Todos riram e gargalharam

Eu? Só vi sangue que meneia…



Cicatriz três - a mais cruel!

Morte do amor,

Promessa de vida feliz…

E assim fui andando

De sonho em sonho,

Todos vis…



Tantos sonhos não realizados

Neste mundo de pessoas simples e sutis

Histórias tantas de amor certo

Em mim apenas uma cicatriz...



Contudo…

Não vejo mais em minha pele

As cicatrizes do passado

Vejo apenas as d'alma

De amor não realizado…



Essas não mudam!

Não se esquecem, mas desnudam

A falta do ente amado…






Não! Não há outras comportas nos céus do equador como esta!


Doce e morna enxurrada que alivia nosso cáustico,


De alguns minutos a tantas horas.


Os céus nos amortecendo o peso das lides atribuladas,


Refresca parte do ritual de purificação diário, 


Desse nosso equador tão esquecido.






Rasgou a melancolia de sua alma, foi dançar.

Podia pintar o salão mágico com seu rodopiar azul esvoaçante.

Ela tinha a leveza em seus gestos e a meiguice no olhar.





Havia ali o passarinho diante o cárcere aberto

seguindo em ritmo tua liberdade. Liberta-te passarinho, voa!

Flutua nas cores e flores teu novo caminho hoje descoberto.





E assim ela despia das tristezas, em uma dança apaixonada.

Por hoje só queria admirar a grandeza dos astros lá do céu.

Menina vestida de azul, bailarina. Mal sabia que pelo sol era amada.

Ise Albuquerque


Com a prática religiosa,

Cultivamos a cienteza moral.

Através do conhecimento científico, 

Edificamos a inteligência estrutural.

Na arte, encontramos a consciência

e linguagem universal. 

Assim desenvolve o homem.

Sentindo, per vendo e afeiçoando,

o bom em si e no próximo;

o verdadeiro, em seu pensar individual,

o belo, em todo o seu ser social.


Autora Jane B. Ferreira






Santificando um dia para ser especial 
Revelando ou inspirando o amor fenomenal 
Declarações ou afirmações sem igual 
 
Todos os dias são únicos 
Todos os dias são dias de amor 
Todos os dias são dias de calor 
A namorada a esposa tem valor 
Todas elas, todos os dias são únicas 
 
Sem limites 
Sem regras 
Sem gritos 
Sem rédeas 
No infinito 
Bem modestas 
 
Amor é o valor considerável 
Dia especial são todos os dias louvável 
O amor merece flores 
A mulher merece valores 
Cada segundo cada minuto é amável 
 
Todas as estações 
Todas as metamorfoses 
Todas elas são importantes.




                                                           



                                                                        Ama-me

 

Ama-me com o mesmo ardor de outros tempos

 Com a mesma aura de plenitude e encanto

Não com pesar, mesmo que te acolha o pranto

 De um desamor causando teus tormentos

 

                                           Ama-me como um pássaro em liberdade

                                            Refletindo nas asas os raios do sol

                                             Num clarão de vida, meu eterno arrebol

                                             Onde mora constante a felicidade

                                            

                                              Não me deixes assim tão abandonada

                                              Levanta-me das trevas, leva-me ao paraíso

                                               Mais que tudo nesta vida, é de ti que preciso

                                               Nada mais desejo, só quero ser tua amada

 

 Como se eu fosse a única em tua existência

  Uma semente, uma flor, pequena e indefesa

   Que precisa de cuidados e as vezes surpresa

   Vive por ti, e em ti, como tua consciência

 

Nada mais te peço, nem quero por engano

 Que me ames por piedade ou mera cortesia

  Pois nada mais no mundo causa mais agonia

  Que um amor antes de nascido, é derrotado:

                            Como um ser profano!

 

 



                                                               

                                                           Doce amar-go? ( Arely Soares)

Em minha’lma

Te despejara

Fluído

Aroma de paixão,

Dia frio

Envolto a vapor

Que descera ao coração.

Te bebera

Lentamente

No quente gosto

Em cada gota

De teu corpo.

Doce amar-go?

Antes da lua,

Depois do Sol,

O Preto nu branco

Levara pra cama

Provara na pele

O sabor de quem ama.

Toque de calor

Na contagem das xícaras

Que se perderam

Do Café ao Amor.

A manhã será longa,

Não deixaríamos a chuva passar

A madrugada surgiria mais rápida,

E esse desejo te chama,

Chama na boca a esquentar.

Biografia

Arely S. Soares é natural de Caxias, no Maranhão. É professora de Língua Portuguesa- Inglesa e respectivas Literaturas, escritora, revisora textual e tradutora (Inglês- Português) freelance.

Escreve desde os seus 11 anos. Ela diz que “bastou tocar na caneta e no papel já nascia ali uma poesia”.

Poetisa da noite: “Achava que a madrugada fosse feita para dormir, me enganei. Nela escrevo à beira dos meus sonhos, até agarrar no sono”.

Adora- Ler livros. Romances e poesias são gêneros favoritos. Gosta de conhecer pessoas novas, lugares, culturas, artes, músicas dentre outras formas de entretenimentos. Considera-se um ser humano cheio de fé, amor e esperança.

Participações literárias: Antologia- Um grito A COR DA PELE ( Editora Brunsmarck) , SER TONS -TONS DO NORDESTE- Ed-In vitro, REVISTA ENTRE VERSOS- 1ª e 2ª ed. ( Diego Maltz) – Revista The Bard ( Publicações em mais de 4 edições ) -( J. B Wolf ); Antologia - Coletivo Nua Palavra. Participações ao vivo em Podcasts, Canais literários YOUTUBE, e já participou do projeto Sarau na casa d’alma -Gilberto D´Alma.



                                                                         FAZER AMOR

 

Como é que se faz amor?

O que se faz é arroz,

ovo frito, macarrão; amor, não.

 

No caderno da vovó

tem receita de bobó

e até de doce de jiló

(e de berinjela também)

mas, de amor, garanto, não tem.

 

Amor não se faz na cama;

na cama, se faz xixi.

Isso, em neném, eu vivi

mas amor nunca fiz, não.

Na cama, se ronca

e se leva bronca!

 

Dentro dos laboratórios,

os cientistas, vários,

entre bicos de Bunsen,

tubos de ensaio

e pipeta, nunca fizeram

amor de proveta.

 

O amor não se fia.

Nem Glória e nem Maria

conseguem tecê-lo,

apesar do zelo ao fiar.

 

Engenheiro e arquiteto,

com todo conhecimento

(tijolo, concreto,

projeto, cimento)

não conseguem edificá-lo:

é impossível o intento!

E tudo vai para o ralo...

 

O amor, então, desperta?

Quieto! Deixe o menino

(o arqueiro pequenino)

dormindo com seu travesseiro

de nuvem;

flecheiro míope nascido,

anjo de candura

e penujem. Anjo de travessuras, isso sim!

 

Amor não se faz, nasce feito;

é um dever e um direito,

não tem prefeito e nem senhor.

 

Amor é dado, é de graça,

é beijo de moça na praça.

O amor? Ah, o amor...

 

ANTÔNIO CARLOS POLICER


BIOGRAFIA:Antônio Carlos Policer é graduado em Letras e pós-graduado em Semiótica e Análise do Discurso. Policer iniciou sua produção aos onze anos de idade. Escreve à luz da semiótica, o que já fazia e maneira intuitiva. Em 2021, publicou seu primeiro livro de poemas, intitulado “(in)”. Prepara, além de outro livro de poemas infanto-juvenis, um livro de poemas infantis pautado nas hipóteses de escrita da pedagoga argentina Emilia Ferreiro.


PEQUENA RESENHA DO LIVRO:


Em “(in)”, o poeta imprime toda sua versatilidade. Na primeira parte temática do livro, “coisica pouca”, o poeta, valendo-se da semiótica, explora todos os estratos possíveis do signo linguístico, apresentando poemas curtos – por vezes, monósticos com apenas uma palavra – imprimindo polissemia e concisão aos textos. Na parte segunda, “admoestação pública”, o poeta utiliza as mesmas técnicas da parte anterior, porém as críticas recaem sobre a administração pública. Na última parte, “de onconha”, os textos são mais líricos e difusos. O último poema do livro, “Fazer amor”, é um prenúncio do que o poeta imprimirá na sua próxima obra, ainda em fase de produção. 

 


              



  
A chuva no telhado

                                                                                            Ivete Rosa de Souza                         

 Caiu mansa, suaves pingos como música

Nota a nota num dedilhar de sonhos

O vento passava lento entre as gotas

Espalhando a música que escorria

De repente o vento esparramado

Sem cuidado, ruidoso revelou-se

A chuva fraca em tempestade transformou-se

E o tamborilar no telhado num crescendo

Qual sinfonia raivosa se espalhou

E no céu cinzento rimbombando

Trovões em estrondos revelando

Com lealdade à chuva que caiu

Derramada feito pranto

Cachoeira despedindo-se do dia

Tragando a noite em agonia.

 

 

 

 

               

 

                                                                           

          

                                                                                                                       















   POESIA

O sol de minha terra

 

O sol de minha terra que ilumina a serra

Todo elegante brilhante soberbo, destemido

Sabe que entre seus raios febris, encerra

A vida que se transforma a sorrir sem medo

Te chamam de verão, quando na verdade

Sempre estás a postos escondido no horizonte

Iluminando os sonhos do nosso povo com lealdade

Deixando surgir, se mostrar, inebriante

Nas terras morenas deste nosso solo és consciente

Eis que se apresentas sempre feliz, quente

Meu país tropical a ti consente, imaginando

Ter mais de ti, que o resto do mundo

Que a ti inveja, por seres tão profundo

Seres o bem maior deste lugar fecundo

Verões de magia, nas areias e águas na floresta

O cantar dos pássaros te louvando, em festa

Todas as criaturas gratas por teu calor

Canto-te oh! sol dos verões de criança

Das brincadeiras, viagens e amores

Te exalto como luz divina, de Deus a benção

Abraçando a vida, em todo canto, uma canção

Levando alegria, magia transmitida em cores.


 Eu não sei se você

É o meu destino
Ou minha sorte.
Sei que seu amor
Me faz mais forte.

Eu nunca quis muito
Da vida. Só ter alguém
Que confiasse
Em mim e me amasse.

Seria o suficiente
Pra me fazer feliz.
E você acredita em mim,
Me apoia por ser assim

As mãos ainda não se entrelaçaram,
Mas o coração tá certo
Que já somos um só.
Você é a minha metade.

Os beijos ainda estão guardado.
Os abraços são cada dia
Mais esperados.
Estamos contando as horas.

Para nossa felicidade ser completa
Só me importa que a gente seja feliz.
Que nosso amor cresça e floresça
E a gente não se perca.

Que todo o esforço pra ficarmos juntos
Não seja só uma paixão. Mera curiosidade.
Que prove todos os dias, um ao outro,

que é amor de verdade


Amor longe de mim dizer que
Meus textos são Poesias.
Perto do que leio todos os dias,
escritos por você.

Mas são palavras sinceras,
De alguém que te ama.
De um amor que nasceu
Depois de duas coletâneas.

A Rio de Flores será sempre
Lembrada com carinho
Por mim que de presente
Ganhei você.

E pra você que quis ser maluco
O suficiente, enfrentando tudo
E todos pra gente ser feliz,
Quero fazer valer apena.









Ivete Rosa          

Impossível te esquecer

Ocupar meus pensamentos

Com fatos tão banais

Esquecer que somos tão iguais

que a tão pouco nos unimos

e que há tanto entre nós.

Impossível não sentir saudade

Não sentir essa falta

Que me surpreende

Não sonhar com teus beijos,

Me sentir tão só, quando longe estás.

Impossível estar contente

Longe de ti, ver, sorrir

Enquanto o dia passa

E o meu desejo maior

É estar em teus braços,

me sentir abrigada em teu corpo

e de repente me indagar

Estou amando?

Impossível ser só

quando tua presença suspira a meu lado

quando me são tão tolas

as coisas do passado

quando perto de ti me sinto tão feliz.

Impossível crer, que não te gosto

Que não posso mais estar sem ti,

Que me é tão impossível,

Ficar tão longe e tão perto

Você estar aqui dentro de mim.

 


Nos lúridos grilhões das horas,

No ensejo algente,

Onde a dolência abarca as minhas laudas,

Sob o luar plangente.

 

Anelo inumar meu ser no seu suspirar,

Esmaecer em seus braços,

Seu langue cenho oscular,

Silenciar seus cavos desvarios.

 

No estrépito dos seus lábios errar,

Pelo seu níveo estofo carnal, meu beijo flanar,

Sofrear a dorida existência, ao te fitar.

 

Embalde, em um átimo do sonhar,

Esquecer da atroz realidade, no fulgor do seu olhar,

E no tempo de Kairos, meu íntimo lançar.

 

Em XXVIII de outubro de MMXX. E. V.

Dies martis.

Marvyn Castilho.