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Todas as leituras que me foram apresentadas nos anos escolares fomentavam ainda mais a minha voracidade de ler e ler mais, sempre. Desde as primeiras leituras lúdicas, entre finais felizes e amores eternos, aos meus adoráveis contos de horror e de fantasia, "Xisto e o Pássaro Cósmico" foi amor a primeira vista. 

Xisto e o Pássaro Cósmico ✨


Após o aparecimento de uma misteriosa e belíssima ave azul que cantava em fá sustenido na cidade, coisas estranhas começaram a acontecer, tudo a partir do dia em que um disco voador que atravessou a atmosfera e assombrou todos os pesquisadores do Observatório Astronômico.

"Algum tempo depois surge um aparelho riscando o céu em zigue-zague e alta velocidade. Tratava-se de uma espécie de disco voador fosforescente e de grande beleza. O engenho, após algumas evoluções, parou de repente e espatifou-se no mar."

A leitura é bastante dinâmica, com descrições clássicas de pura química orgânica e biologia. Diálogos bem-humorados e raciocínios elaborados para o público infanto-juvenil. O livro todo é fantasioso, o grande dilema do pássaro cósmico vai se revelando a partir do capítulo "Raciocínio e Aminoácidos".

Um papagaio foi visitar um periquito, e o encontrou deitado de costas, olhos fechados, perninhas para o ar.

- Oi! Pode-se chegar?

O periquito não se moveu e continuou de olhos fechados.

O papagaio insistiu.

- Não me amole, seu chato! Berrou o periquito. - Quero sossego! Saí daí, seu baixo astral! Estou fazendo relaxamento, você não vê?

- Folgadão, hein  -  Tornou o papagaio.

Lúcia Machado de Almeida

Sobre a autora


Nasceu na Fazenda Nova Granja, Município de Santa Luzia, Minas Gerais. Ainda criança, mudou-se para Belo Horizonte, onde fez o curso primário e o secundário no Colégio Santa Maria, de religiosas dominicanas. 

Pertence a uma família de intelectuais, irmã dos escritores Aníbal Machado, Paulo Machado e Carolina Machado, já falecidos; foi casada com o museólogo Antônio Joaquim de Almeida, irmão do poeta Guilherme de Almeida. 

Seu primeiro trabalho literário foi o poema "Desencanto", publicado no Estado de Minas, quando era adolescente. Seu primeiro livro "Estórias do Fundo do Mar" foi publicado alguns anos depois. A partir daí, todas as suas obras têm obtido grande sucesso e seu nome figura com destaque em nossa literatura infanto-juvenil. A autora faleceu aos 95 anos no dia 30 de abril de 2005.

Uma das obras mais aclamadas da autora, lançado entre 1972/1973






Antes de tudo, havia aquilo que daria emoção a história “O Caleidoscópio”. Pairavam imagens com um caleidoscópio na minha mente. E por que? Quando era adolescente um professor de Artes pediu para levar três pedaços de espelhos, uma cartolina, filme e algumas miçangas. Chegando na escola montei o meu caleidoscópio durante a aula de artes. Eu me recordo que quando eu coloquei nos olhos o caleidoscópio, eu senti um mistério naquela imagem. Recordando-me disso eu pensei, “eu adentrei em outra realidade”. Sim, eu tenho muita imaginação. Risos.

Quando pela primeira vez me inspirei em escrever uma das protagonistas de O Caleidoscópio foi por causa de uma fotografia que vi no Pinterest. Uma moça do final do século XIX, usando uma saia longa, uma blusa clara de manga longa, os cabelos soltos. Achei interessante o fato dela estar de cabelos soltos, sendo que naquela época as mulheres costumavam usar cabelos presos em público. Talvez o reflexo de uma sociedade em transição? Sinceramente nem sei quem ela foi, mas o que me interessava era que a fotografia era inspiradora. O fato é que eu queria criar uma personagem cujo nome seria Clara, então, pareceu ser exatamente a Clara que eu estava procurando?

Eu imaginava Clara como uma garota doce, com um coração romântico, pensei que eu gostaria que uma parte da história fosse em Campo Grande/MS, então, pensei e pensei em uma menina de família japonesa, já que a cidade tem uma grande comunidade japonesa. Houveram algumas inspirações para criação dessa personagem. Certa vez conversei com uma menina numa quermesse, era doce e delicada; daí imaginei aquela menina conhecendo um rapaz galante e inteligente. Mas haviam também outras meninas como inspirações para essa personagem, pois é assim que trabalha a minha mente. Mas eis que de repente, eu me vi com a ideia de uma personagem do século XIX. Então, nasceu Clara, a menina ruiva do século XIX, mas também Charlotte, a menina de família japonesa do século XXI. Tive uma dificuldade de escolher um nome para segunda personagem, eu só sabia que precisava ser um nome charmoso.

Para o terceiro personagem um nome que pairava na minha mente era Eric. Eu sabia ele precisava ser um rapaz inteligente e charmoso. Mas é lógico que os meus três personagens teriam seus defeitos, afinal é isso que traz sabor a história, os dramas existenciais que os circundam.




Eu conhecia a sociedade campo-grandense do século XXI, porém, eu precisava conhecer a sociedade carioca do século XIX. Foi um prazer escrever sobre os costumes e comportamentos desse período e os contrastes com o século XXI. Eu me recordo quando certa vez vi uma fotografia de Copacabana daquele período, tão diferente da atualidade! Ao invés dos edifícios altos, haviam casarões clássicos. É óbvio que Copacabana não poderia continuar como era, por causa da demanda populacional foram necessários construções de edifícios. Porém, olhar fotografias nos faz sonhar em querer voltar no tempo. Então, como fazer realidades se aproximarem?

O Caleidoscópio Mágico se resumiu assim:

Charlotte é uma brasileira descendente de japoneses e franceses, moradora de Campo Grande do século XXI, doce e tímida, gosta de dançar balé, mas deixou lindas recordações.

Eric é um carismático professor universitário, moreno e atraente, um dia amou demais, até sofrer uma perda, entregando-se a viver preso ao passado.

Clara é uma jovem inteligente e sonhadora, de família aristocrática de cabelos ruivos, moradora do Rio de Janeiro do final do século XIX, nos seus dilemas ela deseja aventurar-se e amar.

E o que os três possuem em comum? Um caleidoscópio onde no espaço tempo realidades se conectam. Eu não vou revelar os detalhes como se desenrola essa história não. Hehe. Beijos no coração!

PS.:Siga-me nas redes sociais Instagram: @marcela.ofarias Facebook: marcela.ofarias1987

Marcela Farias






Foto:  Ise Albuquerque



O universo onírico é encantador. E para escritores e poetas, inspirador. Os sonhos deslumbram pelos seus elementos abstratos. Eu costumo anotar os sonhos mais simbólicos, como os mais precisos por exemplo. Aquele sonho onde é possível se lembrar da sensação térmica, paisagens, pessoas e desfechos. E é justamente nessa atmosfera misteriosa que o personagem Randolph Carter (Alter ego de Lovecraft) retrata sua busca incansável pela belíssima Kadath, a cidade dos seus sonhos.


"Por três vezes Randolph Carter sonhou com a cidade maravilhosa, e por três vezes perdeu-a enquanto se detinha no alto do terraço que a dominava. Dourada e bela, a cidade refulgia ao pôr do sol, com muros, templos, colunatas e pontes em arco entalhadas em mármore, fontes com bacias de prata que lançavam borrifos prismáticos em amplas esplanadas e jardins perfumados e ruas largas que marchavam por entre as árvores (...)"


"Quando pela terceira vez acordou sem descer os lances mármoreos e sem explorar as silenciosas ruas ao pôr do sol, rezou com paciência e fervor para os deuses ocultos dos sonhos (...)"

Randolph Carter quis implorar aos deuses pela permissão da passagem para a desconhecida Kadath, mas foi aconselhado para que não incomodasse os deuses. Obstinado a encontrar a cidade dos sonhos, Randolph Carter em um simples cochilo, desbravou por mais pistas que o levaria para Kadath.



"Em um leve cochilo, desceu os setenta degraus rumo à caverna da chama e falou sobre os próprios desígnios com os barbados sacerdotes Nasht e Kaman - Thah. Os sacerdotes balançaram as cabeças cingidas com pshents e asseveraram que aquela seria a morte anímica de Carter."

Carter embrenhou-se no bosque encantado, após descer os degraus do sono profundo, Caminhou entre galhos e estranhos fungos fosforescentes. E assim seguiu seu caminho, enfrentou todas as criaturas nebulosas e contou com a ajuda e proteção dos gatos de Ulthar e assim seguiu perseverante. 







 


Sinopse

Mesmo depois de seu pai ter perdido a fé em Deus e caído no submundo do crime, Thainan faz de tudo para que ele volte a ter a fé que perdera. O que será que ela faz para tentar mudar a forma de seu pai pensar a respeito da vida?

O livro conta a saga de uma menina que desde 1775 vem reencarnando no intuito de cumprir sua missão. Qual seria essa missão? Thainan teria que convencer seu pai a voltar a acreditar em Deus. Será que ela conseguirá?

EU TE AMO, PAPAI, é uma história que fala de amor, perdão e o valor da amizade sincera.
Uma história de amor e superação baseada na vida do autor.




Biografia


Paulo César Batista Bomfim

(Paulinho Dhi Andrade)

Por: Ruy de Oliveira

Filho do frentista Ruy Silva Bomfim e da empregada doméstica Eunice Batista Bomfim, ambos baianos, ficou órfão de pai aos 6 anos de idade. Aos sete entrou para uma escola estadual, onde se tornou repetente logo no 1° ano escolar por duas vezes. Após passar para o 2° ano escolar teve o mesmo problema. Na verdade o garoto não prestava muita atenção às aulas, e o motivo parecia ser a fome que o atormentava constantemente. Pois numa casa onde uma família com 6 crianças em que todos passavam fome devido não haver nem mesmo pão velho para comer, ficava difícil para se manter atento a qualquer atividade.

Paulinho e seus irmãos apanhavam muito do padrasto e de alguns parentes que se achavam no direito de repreendê-los com agressões físicas. Aos 11 anos, em 1979, mudou-se para a Zona Leste de São Paulo, especificamente para a cidade de São Miguel Paulista. A princípio odiou tudo aquilo. Pois São Miguel Paulista era praticamente o oposto da cidade de Embu das Artes, sua cidade natal. Aos poucos foi se habituando ao novo bairro.

Aos 15 anos durante um curso de pintor letrista em uma escola profissionalizante do governo, recebeu do diretor um exemplar do livro "Coração de onça" da coleção vaga-lume por ter sido o aluno que mais frequentou a biblioteca num período de quatro meses. A partir daí Paulinho começou a se interessar mais pela leitura, chegando a produzir seus primeiros poemas. E a leitura lhe foi bastante útil fazendo com que o mesmo se interessasse por muitos outros títulos tais como: ciências ocultas, filosófica, religiosas, psicológicas e artes em geral.

Desde a mais tenra idade já demonstrava aptidão para o desenho artístico tornando se autodidata no ofício passando assim a desenhar retratos de pessoas famosas da época tais como: Menudos e Michael Jackson vendendo seus desenhos para os colegas da escola estadual Pedro Viriato Parigot de Souza onde estudava desde 1980.

Foi aos treze anos que o menino que já dava problemas na escola devido ao seu gênio e mau comportamento, teve seu primeiro contato com entorpecentes. Aos 17 foi parar na FEBEM por duas vezes num espaço de dois meses por ter cometido assaltos a mão armada nas ruas de São Miguel Paulista. Dentro da unidade da FEBEM, teve um tremendo choque ao conhecer dois garotos que após uma curta conversa ergueram suas camisas e mostraram-lhe suas barrigas cheias de bolhas d’água com algumas formigas encolhidas como se fossem fetos em bolsas de placenta. Os policiais que os haviam pegos os deitaram em um formigueiro para fazê-los confessar onde estava a arma que supostamente usaram para cometer um assalto.

Aos dezoito anos após algum tempo usando entorpecentes, resolveu parar de vez e começou a praticar esporte. Durante cinco anos praticou Kung-fu chegando a receber medalha de prata em um campeonato municipal. Durante essa época casou-se com Miriane Carolina de Aragão, tendo com a mesma, três filhos; Camila, Caio e Karina. Seu casamento desde cedo passou a ser conturbado, pois os gênios de ambos não eram compatíveis. Foram quatro separações num período de 15 anos, e uma delas durou cerca de quatro anos. Foi durante essa separação de quatro anos que Paulinho conheceu uma amiga que logo se tornou sua nova namorada tendo com a mesma um relacionamento de dois anos.

Vera Lúcia havia feito uma operação para retirar um tumor da cabeça, e após a cirurgia a mesma passou a ter dores constantes no local da operação, sendo que nem mesmo os médicos conseguiam lhe ajudar a amenizar tal incômodo. Paulinho talvez por ter sofrido muito na vida havia se tornado um tanto cético em relação a milagres, mas como sua namorada e toda sua família possuía crença religiosa, o mesmo resolveu fazer uma promessa por ela. Ele foi caminhando da cidade de São Miguel Paulista até a cidade de N. S. Aparecida do Norte, onde rezou e acendeu velas cumprindo sua palavra para que a enxaqueca que tanto incomodava sua namorada tivesse um fim. A família de Vera Lúcia ficou admirada com tamanha coragem e demonstração de carinho que Paulinho demonstrou à Vera Lúcia, principalmente vindo de alguém que vivia dizendo não ter religião ou qualquer afeto religioso. O interessante em tudo isso é que a dor de cabeça de Vera Lúcia realmente teve fim.

Após sete anos de abstinência, Paulinho voltou a usar drogas constantemente. Atraído pelo submundo do crime, Paulinho quase acabou com a própria vida devido ao uso demasiado de cocaína e álcool. Em 2000 foi internado em uma clínica psiquiátrica por cinco meses, voltando a usar drogas assim que se viu livre novamente. Foi durante essa internação que conheceu o psiquiatra Dr. Roberto, que o presenteou com um livro de Albert Camur, "O estrangeiro" e "A peste". Passou a consumir tanta droga que se endividou com traficantes. Talvez a única maneira que o mesmo encontrou para saldar tais dividendos foi trabalhando para os mesmos.

Após sua quarta "Overdose" e várias internações na ala psiquiátrica do hospital Santa Marcelina no bairro de Itaim Paulista, aceitou ser internado em uma clínica evangélica na cidade de São Vicente litoral paulista. Não suportando o regime da mesma, pois achava ridículo louvar a um Deus que supostamente o havia abandonado, ameaçou cometer suicídio. Acabou sendo excluído do local. Após duas semanas em, 25 de janeiro de 2004, aceitou visitar o Instituto Phoenix, uma clínica de recuperação para dependentes químicos em Bragança Paulista, interior de São Paulo, e acabou ficando por lá mesmo num período de sete meses. Após tal período de tratamento Paulinho deixou de usar drogas. Wagner, o dono da clínica demonstrou não ser apenas um empresário, mas sim um grande amigo de Paulinho, pois o mesmo demonstrou-se grande admirador de seus trabalhos literários.

Inúmeras pessoas fizeram e fazem parte da vida de Paulinho Dhi Andrade, tais como: O jornalista Luís Mário, o artista plástico e escultor Juarez Martins, o ator e diretor de teatro Cristiano Vieira, seu irmão caçula Sidney Bomfim, ator e artesão, cujos bonecos (mamulengos), estão espalhados pelo Brasil a fora. Cida Santos, escritora e socióloga. Sacha Arcanjo, grande organizador de eventos culturais na Zona Leste de São Paulo. Zulú, cantor e compositor, Cauê Bonifácio, grande ator de teatro, professor de história e geografia. Aluizio Alves Filho, grande escritor carioca. A excelente professora de literatura dona Eliana, grande admiradora de seus poemas. O professor de literatura Gilberto e sua esposa Carmelita. O escritor Alessandro Buzo e o crítico literário Jonilsom Montalvão. E modéstia parte, eu, Ruy de Oliveira.

Paulinho Dhi Andrade teve muita influência dos livros adquiridos em sebos. Boa parte de seus poemas refletem um aprendizado anti-religioso, talvez até anticristão. Não pelo fato de não crer em um Deus, mas sim por não aceitar certos critérios religiosos impostos por "pseudos-santos" que se acham iluminados por uma luz divina. Há quem o considere discípulo de NIETZSCHE, outros o consideram louco. Eu particularmente o considero original.

O escritor carioca Aluizio Alves Filho e a escritora Cida Santos o compararam ao dramaturgo Plínio Marcos. Paulinho tem como favoritos os poetas e escritores, Fernando Pessoa, Cecília Meireles, Nietzsche, Schopenhauer, Albert Camur e ele mesmo.

Em 1990 fez um curso por correspondência para aprender a linguagem técnica de desenho artístico e publicitário, curso este que lhe deu maior intimidade com a arte e o propiciou a trabalhar na área de propaganda visual. Em 1992, apaixonado por "Agatha Christie" fez um curso de Detetive Particular, mas nunca exerceu a profissão. Por outro lado, aprendeu algumas técnicas de investigações, principalmente o fator psicológico de um criminoso. Daí em diante, se interessou muito mais por romances policiais e acabou escrevendo dois contos de cunho detetivesco, "Quem matou dona Izaura?" e "A casa de Helena”.

Em 1999, com material suficiente para produzir um livro de contos, Paulinho endividado até o pescoço, teve que contar com a ajuda de amigos para pagar a editora. Seus amigos que trabalhavam no mesmo Hipermercado juntaram "latinhas" para que ele reciclasse e assim conseguisse pagar o editor. Na época ele ainda estava separado de Miriane Carolina, mesmo assim a mesma o ajudou com uma pequena quantia que possibilitou a produção de 300 livros com 60 páginas, intitulada: "A tragédia dos mentirosos". Em 2003, fez um curso de literatura portuguesa e brasileira por correspondência num período de dois anos.

Paulinho Dhi Andrade é muito agradecido à sua ex-esposa Miriane Carolina, a seu irmão Sidney Bomfim e à sua irmã Rosemeire Bomfim por tê-lo ajudado a se livrar das drogas. A ajuda foi tão valida que até mesmo o cigarro ele deixou de lado. Parou de fumar no dia 02 de janeiro de 2005.

Até o dado momento, a vida de Paulinho Dhi Andrade vem sendo abalada pela depressão. O isolamento tornou-se constante em sua vida. O fato de não poder mais beber ou usar outro tipo de alucinógeno o faz ficar em casa, sem poder participar nem mesmo de pequenas festas infantis. O acumulo de perdas e dores emocionais o fizeram ter medo da própria vida. Certa vez eu o encontrei chorando sentado em um banco de uma praça e lhe perguntei qual o motivo das lágrimas. O mesmo me respondeu com outra pergunta: "Se você tivesse duas opções, chorar ou matar alguém, qual delas você escolheria?"

Respondi que preferiria matar alguém. Ele então me olhou bem nos olhos e se levantou. Em seguida foi embora me deixando sozinho na praça, era uma quinta-feira e o tempo estava nublado. Essa foi a última vez que o vi, nunca mais nos encontramos. A última notícia que tive dele foi através de uma amiga nossa. Fiquei sabendo que o mesmo estava detido em uma delegacia de policia por ter agredido dois policiais militares após ter discutido com sua ex-esposa Miriane. A mesma havia ficado assustada com a discussão e chamou uma viatura. Segundo a versão de Paulinho, um dos policiais o ofendeu chamando-o de "negrínho safado", isso foi o suficiente para que os policiais militares tomassem prejuízos nas mãos de um homem que não aceita de forma alguma ter sua raça ofendida. Paulinho foi autuado e assinou dois artigos, um por agressão e outro por desacato.

Apesar de não ter uma religião, e não aceitar certos critérios religiosos, Paulinho Dhi Andrade possui um bom coração, pois o mesmo está sempre fazendo algo pelo próximo. Está sempre disposto a ajudar os menos favorecidos. Certa vez eu estava em meu pequeno barraco sem nada para comer, quando ele chegou trazendo às costas uma cesta básica de tamanho médio. Seus sapatos estavam cobertos de lama. Ele despede o garoto que lhe mostrara onde eu morava dando-lhe uma moeda e entra sem cerimônias. Cumprimentamo-nos e começamos um dialogo formal e amistoso. Tomamos café fresco feito por ele, pois se tinha uma coisa que ele não gostava era do meu café. Segundo ele, somente sua filha Camila Carolina sabia fazer café melhor que o seu. Rimos muito disso. Depois ele foi embora de baixo de uma garoa fina deixando sobre a mesa uma quantia suficiente para eu comprar gás de cozinha que já estava acabando e um pequeno bilhete onde estava escrito: "FELIZ ANIVERSÁRIO MEU AMIGO". Era 02 de abril de 2005.

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Ruy de Oliveira, ex-morador da favela Pantanal no Itaim Paulista, foi encontrado morto em seu barraco numa cama feita com tijolos de barro. Foi constatado que o álcool enfraquecera seu coração e arruinara seu fígado. No local foram encontrados muitos livros de suma importância filosófica e poética. O texto biográfico de Paulinho Dhi Andrade foi encontrado dentro de um exemplar de "A tragédia dos mentirosos". Ao lado de sua cama havia uma garrafa de plástico com uma pequena quantidade de bebida alcoólica Morreu alguns dias antes de completar 37 anos de vida, no dia 23 de março de 2006, dia que Paulinho Dhi Andrade aniversariava...






Sinopse


 Faluím Belovinhedo foi o Grão Erudito do castelo de Brando Pranto. Orgulhava-se desse cargo até que tudo mudou em sua vida de uma hora para outra. Sempre teve uma obsessão por alguns episódios históricos e une essa paixão a uma nova jornada, a Peregrinação Poética, ao completar 63 anos de idade e não ser mais da nobreza. Começa, então, a reunir poemas elaborados por personagens que compõem os eventos de sua obsessão e a epopeia se inicia, tendo como objetivo obter outros poemas importantes que descortinem os eventos de séculos passados.


Os escritos encontrados interligam-se de uma maneira misteriosa e surpreendente, à medida que espectros do passado passam a visitá-lo e ele começa a pensar que está no auge da loucura e senilidade. Antes que a possível insensatez invalide sua jornada, Faluím busca finalizá-la a todo custo, mas não imagina o que está por vir.






A série Imperdoáveis conta a história de um anjo da ordem dos Principados que após negligenciar uma missão divina oferecida por um anjo de categoria inferior, acaba cometendo um pecado capital, o Orgulho e é rebaixado na categoria celestial, tornando-se guardião de uma menina mortal que tem como destino tornar-se uma profetisa dos Céus.

O caminho do anjo Daniel não será nada fácil, pois ele descobrirá que os pecados capitais são pecados imperdoáveis aos anjos e que se ele ceder aos sete pecados, seu castigo será a expulsão do Céu e a tortura por cem anos terrestres no Inferno.


Considerado um condenado pelos celestes, Daniel, aconselhado por uma Virtude, vai se aproximar da menina que tem como missão proteger, e para isso, como ela conta com seus oito anos, ele assume as características corpóreas de um menino da idade dela. Clarissa o chama de Ângelo e aos poucos eles vão se tornando melhores amigos.


No primeiro livro da série Imperdoáveis, conhecemos o castigo, a descoberta da amizade sobrenatural, assim como a Revelação do Céu de que a menina como profetisa terá sonhos tenebrosos com catástrofes naturais e tentará com a ajuda de Ângelo suportar e enfrentar as consequências que essas premonições trazem para ela e para o mundo.


Já no segundo livro, Viciados, vamos conhecer mais a fundo sobre as vivências passadas do anjo Daniel, algumas particularidades da criação do mundo dos homens e dos anjos, assim como a luta dele em conseguir resistir as tentações mundanas dos pecados capitais, já que a proximidade com os sentimentos de Clarissa, que encontra-se aqui no início de sua adolescência, o deixam ainda mais vulnerável aos pecados imperdoáveis.


O livro 3, Reunidos, que chega por ai possivelmente em julho de 2023 vai abordar mais a vida da Clarissa, seus quinze anos e a rotina escolar de uma adolescente que busca vencer seus medos e sua timidez e fazer novas amizades. A luta do seu anjo da guarda para que ela se desenvolva bem e para resistir aos pecados continua.


A série vem tendo uma boa aceitação entre os leitores e deve ser concluída no 5º livro. Você encontra algumas classificações e avaliações dos livros nos sites da Amazon, Publisko e Skoob.




E-books publicados na Amazon Kindle





Participação com contos e Crônicas em Antologias:



2018 – Antologia Eles estão entre nós. Conto: Cidade das Pirâmides;
2019 – Antologia Sombras da Noite. Conto: As crianças sem sorriso;
2020 – Antologia Tesouros Perdidos. Conto: A Pedra Carmesim;
2020 – Antologia Floresta do Mal. Conto: Vee Hypnos;
2021 – Antologia Folk-lore. Conto: Rainha das Águas;
2022 – Antologia Além das Aparências somos nossa Essência. Crônica: Mãe é uma função;
2022 – Antologia Mau até os Ossos. Conto: Com princesa tem que jogar sujo;
2023 – (publicando) Antologia Darkásticos. Conto: Vingança em um sapato de cristal;

A autora ainda tem muitos projetos a serem, quem sabe, num futuro próximo publicado. Acredita na literatura nacional e que as pessoas vêm deixando preconceitos de lado em relação a escrita brasileira. Afinal temos grandes nomes reconhecidos mundialmente e temos que dar valor a nossa própria cultura, nossa formação, nossas tradições, nossa criatividade e nossas inovações. O termo de incentivo que costuma usar é bora ler!

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