Minha raça ninguém tira de mim!
Na vida muitas dores senti; muitas decepções vivi.
Na infância quando escutei,
um sussurrar questionando a mãe branca,
indiferente ao meu olhar de criança,
indagando da nossa pouca semelhança.
Na vida muitas dores senti; muitas decepções vivi.
Na infância quando escutei,
um sussurrar questionando a mãe branca,
indiferente ao meu olhar de criança,
indagando da nossa pouca semelhança.
Sou negra, sim!
Quando rasparam meu cabelo,
alegando não valer um novelo,
e decidiram o queimar, na tentativa de alisar,
achando que minha essência fosse modificar.
Sou negra, sim!
Quando na atividade física suava,
Por mais cuidados que tomava,
O mau cheiro incomodava,
sempre alguém vinha me criticar.
Sou negra, sim!
A negra que luta por direitos iguais,
a negra que não se rebaixa jamais,
negra orgulhosa como sempre quis,
Sou negra, sim e sou feliz!
Negra Dalila
Excelente texto. Parabéns.
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