O Caleidoscópio e as Realidades que se Conectam Por Marcela Farias




Antes de tudo, havia aquilo que daria emoção a história “O Caleidoscópio”. Pairavam imagens com um caleidoscópio na minha mente. E por que? Quando era adolescente um professor de Artes pediu para levar três pedaços de espelhos, uma cartolina, filme e algumas miçangas. Chegando na escola montei o meu caleidoscópio durante a aula de artes. Eu me recordo que quando eu coloquei nos olhos o caleidoscópio, eu senti um mistério naquela imagem. Recordando-me disso eu pensei, “eu adentrei em outra realidade”. Sim, eu tenho muita imaginação. Risos.

Quando pela primeira vez me inspirei em escrever uma das protagonistas de O Caleidoscópio foi por causa de uma fotografia que vi no Pinterest. Uma moça do final do século XIX, usando uma saia longa, uma blusa clara de manga longa, os cabelos soltos. Achei interessante o fato dela estar de cabelos soltos, sendo que naquela época as mulheres costumavam usar cabelos presos em público. Talvez o reflexo de uma sociedade em transição? Sinceramente nem sei quem ela foi, mas o que me interessava era que a fotografia era inspiradora. O fato é que eu queria criar uma personagem cujo nome seria Clara, então, pareceu ser exatamente a Clara que eu estava procurando?

Eu imaginava Clara como uma garota doce, com um coração romântico, pensei que eu gostaria que uma parte da história fosse em Campo Grande/MS, então, pensei e pensei em uma menina de família japonesa, já que a cidade tem uma grande comunidade japonesa. Houveram algumas inspirações para criação dessa personagem. Certa vez conversei com uma menina numa quermesse, era doce e delicada; daí imaginei aquela menina conhecendo um rapaz galante e inteligente. Mas haviam também outras meninas como inspirações para essa personagem, pois é assim que trabalha a minha mente. Mas eis que de repente, eu me vi com a ideia de uma personagem do século XIX. Então, nasceu Clara, a menina ruiva do século XIX, mas também Charlotte, a menina de família japonesa do século XXI. Tive uma dificuldade de escolher um nome para segunda personagem, eu só sabia que precisava ser um nome charmoso.

Para o terceiro personagem um nome que pairava na minha mente era Eric. Eu sabia ele precisava ser um rapaz inteligente e charmoso. Mas é lógico que os meus três personagens teriam seus defeitos, afinal é isso que traz sabor a história, os dramas existenciais que os circundam.




Eu conhecia a sociedade campo-grandense do século XXI, porém, eu precisava conhecer a sociedade carioca do século XIX. Foi um prazer escrever sobre os costumes e comportamentos desse período e os contrastes com o século XXI. Eu me recordo quando certa vez vi uma fotografia de Copacabana daquele período, tão diferente da atualidade! Ao invés dos edifícios altos, haviam casarões clássicos. É óbvio que Copacabana não poderia continuar como era, por causa da demanda populacional foram necessários construções de edifícios. Porém, olhar fotografias nos faz sonhar em querer voltar no tempo. Então, como fazer realidades se aproximarem?

O Caleidoscópio Mágico se resumiu assim:

Charlotte é uma brasileira descendente de japoneses e franceses, moradora de Campo Grande do século XXI, doce e tímida, gosta de dançar balé, mas deixou lindas recordações.

Eric é um carismático professor universitário, moreno e atraente, um dia amou demais, até sofrer uma perda, entregando-se a viver preso ao passado.

Clara é uma jovem inteligente e sonhadora, de família aristocrática de cabelos ruivos, moradora do Rio de Janeiro do final do século XIX, nos seus dilemas ela deseja aventurar-se e amar.

E o que os três possuem em comum? Um caleidoscópio onde no espaço tempo realidades se conectam. Eu não vou revelar os detalhes como se desenrola essa história não. Hehe. Beijos no coração!

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Marcela Farias






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